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quarta-feira, 30 de maio de 2012

PF desmonta quadrilha na região que fraudava seguro-desemprego

Polícia Federal recolheu computadores, documentos, carteiras de trabalho e pendrives (Foto: Gabriela Correia/iFronteira)
A Polícia Federal divulgou na manhã desta quarta-feira (30) o resultado parcial da “Operação Ócio”, que desarticulou uma quadrilha instalada em Teodoro Sampaio responsável por estelionatos contra o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em oito cidades. De acordo com o chefe da delegacia da PF, Ronaldo de Góes Carrer, o prejuízo à União foi de cerca de R$ 500 mil em pagamentos de pelo menos 142 seguros-desemprego fraudados. Quatro pessoas foram presas e uma está foragida.
A investigação, que durou cerca de dois anos, foi iniciada pela Polícia Civil de Teodoro Sampaio, que logo encaminhou o caso à PF. A ação localizou 11 empresas, dentre elas algumas inexistentes. “A maioria era registrada como livraria, loja de confecção. Algumas não existiam. Houve casos de chegarmos no endereço e ter apenas uma construção vazia”, informou Carrer.
Segundo o delegado, eles usavam "laranjas" como funcionários contratados dessas empresas de fachada e, depois, os demitiam e recebiam o seguro-desemprego. As falsas contratações e demissões eram realizadas com o conhecimento do suposto funcionário, como explica Carrer. Eles emprestavam seus dados aos estelionatários e, em troca, recebiam um pagamento. “Ao final das investigações, identificamos 142 casos suspeitos de serem falsos beneficiários, todos laranjas”, aponta.
As investigações apontaram que as parcelas dos seguros eram recebidas apenas pelos donos das empresas. “Eles se tornavam empregados do seguro, alguns recebiam parcelas desde 2008”, relata o delegado.
Algumas da empresas existentes possuíam, no mesmo endereço, quatro estabelecimentos registrados. “Algumas dessas empresas, que eram modestas, tinham um quadro de funcionários grande, algumas até com 25 empregados, todos com salários altos”, divulgou Carrer.
Ele exemplificou ainda o caso de cargos como o de auxiliar geral, que deveria ter em média o salário de R$ 600 a R$ 700, mas, com a fraude, chegava a R$ 1.400. “Eles colocavam salários altos para que as parcelas do seguro fossem altas.”
Os perfis dos bandidos que aplicavam o golpe eram de nível médio, sem nenhuma formação. “Eles descobriram este filão e passaram a aplicar o estelionato”, pontua o delegado da PF.

Foram cinco mandados de prisão temporária expedidos e quatro deles cumpridos: foram três homens detidos e encaminhados para a Cadeia Pública de Presidente Venceslau, e uma mulher, levada para Cadeia Feminina de Adamantina. Um homem ainda está foragido.
Além disso, com mandado de busca e apreensão a PF recolheu computadores, documentos, carteiras de trabalho e pendrives.
Os nomes das empresas não foram revelados, pois, de acordo com o delegado da Polícia Federal, os casos da fraude ainda estão em investigação.
Requerimento de seguro
O delegado explicou ainda sobre o processo dos protocolos dos requerimentos de seguro-desemprego. Segundo ele, vários órgãos podem fazer o procedimento, como, por exemplo, Prefeitura ou sindicatos. No entanto, uma consulta sobre a empresa e empregado deveria ter sido realizada através de uma triagem.
No caso de Teodoro Sampaio, quem protocolava os requerimentos era o posto de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) da cidade. Para investigar uma possível coação do agente responsável pelos requerimentos, um mandado de condução coercitiva foi cumprido e o profissional teve de depôr sobre o caso na Delegacia da Polícia Federal em Prudente.



Fonte: iFronteira


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