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domingo, 8 de janeiro de 2012

“O que existe em relação a Vitapelli é má vontade”, dispara Tupã

O ano acabou e sem nenhuma solução para o impasse que envolveu o Curtume Vitapelli em 2011, que acumula R$ 60 milhões em dívidas e pode fechar as portas nos próximos meses caso não haja uma negociação com o governo estadual. Questionado sobre o assunto, o prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello (Tupã, do PTB), que também esteve envolvido nas tratativas, disparou: “o que existe em relação ao Vitapelli é má vontade”.

De acordo com o chefe do Executivo prudentino, o “problema” não ocorre com o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, mas com seus “subordinados”. “Tocamos no assunto com ele [governador], eu e o [deputado estadual] Mauro Bragato [PSDB]. O prefeito de Pirapó também falou”, lembra o prefeito.

Tupã ainda é enfático ao reafirmar a “má vontade” da chefia estadual. “Isso ficou claro. Eu participei de 15 a 20 reuniões e foi falado, argumentado e combinadas ações para que isso pudesse reverter nos créditos que a empresa tem direito, mas a pessoa saiu da mesa e tomou outra atitude. Então eu falo categoricamente, o que existe é má vontade das pessoas, é o espírito da ruindade”, lamenta.

Relembre

Sindicato – A situação enfrentada pelo Curtume Vitapelli foi exposta pela primeira vez em 27 de setembro de 2011, quando o prefeito Tupã recebeu a visita do presidente do Sindicato dos Coureiros de Presidente Prudente e região, Vicente Lopes da Silva, num encontro viabilizado pelo vereador Douglas Kato (PV). A ideia era mobilizar o governo do Estado em relação ao repasse dos incentivos ficais às empresas que atuam no setor coureiro.

Câmara – Na semana seguinte, no dia 3 de outubro, o sindicato se reuniu com a Câmara Municipal de Presidente Prudente para pedir apoio, também, do Legislativo prudentino. 

Em seguida, ocorreu uma reunião no Plenário da Casa, agora no dia 7 de outubro, para se discutir uma solução para o impasse vivido pela Indústria Vitapelli. Os deputados estaduais Ed Thomas (PSB) e Mauro Bragato (PSDB) tentaram, no mesmo dia, marcar uma audiência com o governador Geraldo Alckmin.

Na ocasião, a empresa citou os R$ R$ 60 milhões em dívidas, sendo R$ 18 milhões correspondentes a juros. Alegou, ainda, ter a receber do Estado cerca de R$ 55 milhões em repasse de tributos fiscais. A Vitapelli, que já empregou 4 mil funcionários, atualmente mantem apenas mil postos de trabalho. O empresário Nilson Riga Vitale afirmou que a questão deixou de ser jurídica e "forças ocultas" estão bloqueando a manutenção da empresa. "Reforço minha tese de perseguição. As multas são um entrave. Isso porque a justiça já derrubou a cobrança de muitas", reclamou.

Secretaria da Fazenda – A reunião com o governo do Estado foi marcada no dia 13 de outubro, para ser realizada na segunda-feira seguinte, dia 17, na sede da Secretaria da Fazenda. Neste encontro, o Estado afirmou que iria estudar a liberação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) às empresas Vitapelli, Vitapet e Curtume Touro. O grupo também reforçou o pedido de compensação tributária pelo impacto socioeconômico gerado pela concentração de presídios na região de Presidente Prudente. 

Senador – Em visita a Presidente Prudente, no dia 21 de outubro, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), ex-secretário da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, afirmou em entrevista coletiva. "Vitapelli não se resolve com influência política".

Cobrança – Por meio de requerimento aprovado em Plenário, no dia 28 de outubro, a Câmara Municipal voltou a cobrar uma resposta do Estado sobre a liberação de créditos de ICMS das empresas Vitapelli, Vitapet e Curtume Touro, que estão bloqueados pelo governo. 

Conquista – Ainda sem a liberação dos créditos, a 2ª Vara Cível de Presidente Prudente concedeu no dia 28 de novembro o plano de recuperação judicial à empresa Vitapelli L.T.D.A. O pedido foi realizado pelo curtume em fevereiro de 2010. A medida evita uma possível falência da empresa que deve, segundo ela, cerca de R$ 60 milhões. O plano de recuperação apresentado pela Vitapelli conquistou a aprovação dos credores, fator necessário para a viabilidade da manutenção das atividades da empresa.

Luta – A empresa ainda luta para receber do Estado cerca de R$ 55 milhões em repasse de tributos fiscais. Multas geradas pelo próprio Estado estão bloqueando a liberação dos créditos.



Fonte: portalprudentino.com.br

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