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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Família de Rancharia acusa hospital de retirar órgãos de bebê

O ranchariense Enzo Gabriel Balbino, de 1 ano e 2 meses, morreu após ser submetido a cirurgia no Hospital Estadual Dante Pazzanese, em São Paulo, no último sábado (26). Desconfiados de um possível erro médico, familiares exigiram que o corpo fosse analisado pelo Instituto Médico Legal (IML), onde foram informados que os órgãos da criança tinham sido completamente retirados e substituídos por serragem. A mãe da criança, a vendedora Josiane Angélica dos Santos, registrou boletim de ocorrência.

O quadro de Enzo era grave. No dia 16, ele foi transferido de um hospital de Presidente Prudente para tratar uma cardiopatia associada a problemas congênitos. O Dante Pazzanese é referência estadual no tratamento de cardíacos.


Depois da cirurgia, os médicos garantiram que o procedimento tinha sido um sucesso. Enzo morreu uma hora depois e a necrópsia foi feita no próprio hospital. O cardiopneumologista Martino Martinelli Filho, professor livre-docente da USP, diz que o procedimento foge do padrão. “O médico não costuma mexer no corpo e encaminha para o IML, independentemente de a família ter autorizado a necropsia. Cada caso deve ser analisado individualmente”, diz.


A família de Enzo assinou um termo que permitia a retirada de fragmentos dos órgãos do bebê para exames. “Queria um laudo da polícia técnica para saber a real causa da morte do meu sobrinho. É um direito nosso”, explica a inspetora de polícia Juliana dos Santos, que é irmã de Josiane e tia de Enzo.


Mas foi só após o registro de um boletim de ocorrência no 27º DP (Campo Belo) que o corpo foi levado para o IML Sul. Lá, o médico-legista Jaques Cohen teria dito à família que não havia mais órgãos no corpo de Enzo, que teria sido preenchido com serragem.


"Foi um choque. Jamais autorizamos a retirada dos órgãos do Enzo. O legista disse que a criança não tinha nenhum órgão e que por dentro do corpo dele só havia serragem", diz Juliana. A afirmação foi feita na frente de uma testemunha que estava no plantão do IML e confirmou a história.


O médico alegou para a família que não poderia mais analisar o corpo e o exame necroscópico só foi realizado após horas de discussão e espera. "Ficamos sem saber se os órgãos foram retirados no hospital ou no IML", fala Juliana.


Já a Secretaria Estadual da Saúde informa que a necropsia foi feita com  fragmentos dos órgãos, respeitando os protocolos médicos previstos para o caso e o que foi autorizado pelos pais em documento assinado.


A Secretaria da Segurança Pública não esclarece se o corpo realmente chegou ao IML sem os órgãos ou se o médico-legista mentiu para não prestar atendimento à família. Em nota, a pasta garante que foram colhidos “materiais para análise patológica e o resultado do laudo deve sair em até 30 dias”. Os materiais citados pela SSP podem ou não serem os órgãos. A morte  é apurada pelo 36 DP da Vila Mariana. 


Fonte: www.portalprudentino.com.br 

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