A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um
acordo entre a Apas (Associação Paulista dos Supermercados) e o governo
do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei,
explica o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas.
- Optamos pelo diálogo com o setor [...] O acordo é voluntário por parte das redes.
Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar
legislações para proibir as sacolas, mas foram julgadas
inconstitucionais. No caso de Jundiaí, a prefeitura assinou depois um
acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não
alcançara com a lei.
Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante
valor simbólico. Apesar de as sacolas só representarem uma pequena
parcela do volume total de lixo descartado, têm o mérito de trazer para o
cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta
Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio
Ambiente.
- As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira.
Outro lado
Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa
institucionalmente o setor dos plásticos, critica a iniciativa.
- Essa lei foi aprovada por interesse econômico (dos supermercados) e
não ambiental ou social. [...] Vão repassar essa economia para os
clientes? Duvido.
Ele estima em R$ 500 milhões a economia das redes com a restrição.
Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar -
dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a
economia das sacolas plásticas e com a venda das sacolas retornáveis
será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.
Fonte: www.gruponoticia.com.br
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