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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Transporte de passageiros é algo complexo", diz Bragato

O deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) lançou, nesta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista. O objetivo é apresentar soluções para o abandono da ferrovia paulista. Sobre o ramal prudentino ser utilizado para o transporte suburbano de passageiros, Bragato diz que dependerá de estudos de viabilidade.

"O trabalho tem como objetivo fazer um estudo mais profundo da situação da malha viária paulista e, posteriormente, em acordo, trabalhar com uma agenda de visitas em órgãos públicos e concessionárias visando a defesa de nossa malha", diz o deputado.

Bragato foi relator da CPI das Ferrovias, que terminou em 2010, após seis meses de trabalho. No documento final, Bragato expôs um raio-X da situação da malha ferroviária paulista e trouxe a público o inquérito realizado pela Polícia Federal, na chamada operação Fora dos Trilhos, que apurou crimes praticados contra os bens da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e da Fepasa (Ferrovias Paulistas).

"Já temos muitos dados colhidos durante a CPI que vão nos ajudar neste trabalho de continuidade. Estou otimista. Sinto cada vez mais a ferrovia como transporte de massa. A Frente não tem autoridade para impor nada, mas vamos trabalhar com o governo para melhorar as ferrovias", garante.

Importante ligação entre o Interior e Capital por várias décadas, o ramal de Presidente Prudente foi reativado para transporte de cargas em agosto deste ano, após três anos inativo. Os trilhos regionais já foram sugestionados, por várias vezes, para o transporte de passageiros, algo rechaçado pelo Estado. Para o deputado Mauro Bragato, o assunto é complexo.

"O ramal pode ser utilizado para passageiros. Mas é algo complexo. Tem que estar ligado à questão econômica e ver se é viável fazer isso. Precisamos fazer um trabalho de forçar as concessionárias a reativar as ferrovias, com prioridade para o transporte de cargas", conclui.

Malha

A malha ferroviária brasileira tem hoje por volta de 28 mil quilômetros de extensão. Porém, a Agência Nacional de Transporte sobre Trilhos (ANTT) acredita que somente 10 mil quilômetros são competitivos e os 18 mil restantes são subutilizados ou nem sequer são utilizados. Além disso, 90% da malha têm mais de cem anos.

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