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domingo, 23 de outubro de 2011

Falhas no ensino médio dificultam acesso de jovens ao ensino superior

A educação superior no Brasil tem três metas no novo PNE (Plano Nacional de Educação  - PL 8035/10): elevar a taxa de matrícula em universidades, aumentar o número de mestres e doutores formados no Brasil, e melhorar a qualidade da formação oferecida.
Atualmente, 76% da educação superior está no setor privado, que concentra 88% das vagas disponíveis (cerca de 2,8 milhões de vagas), segundo dados do Censo da Educação Superior, feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) em 2009.
A meta para a próxima década é passar de 17% para 33% de matrícula no ensino superior entre jovens de 18 a 24 anos. Essa seria a média dos países da América Latina que têm um ensino superior mais acessível, como México, Chile e Argentina.
Essa previsão, no entanto, esbarra na baixa cobertura do ensino médio no Brasil. Estudos de Simon Schwartzman, um dos maiores especialistas em educação superior no País, mostram que, se todos os jovens dessa faixa etária se formassem no ensino médio, seriam 3 milhões aptos a entrar nas faculdades.
Schwartzman afirma que a maior estimativa, com metade desses jovens mais 1/3 dos que estão acima dessa faixa etária, significaria um universo de 8 milhões de matriculados ao mesmo tempo, por 4 anos, no ensino superior. Essa é a taxa máxima que o Brasil pode esperar, segundo ele.

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