Páginas

energia a preço justo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

No 1º dia, maioria aprova fim das sacolas plásticas em PP



Consumidores buscam opções para transporte de mercadorias
Consumidores buscam opções para transporte de mercadorias
(Foto: Rogério Mative)
Conscientização. No primeiro dia de campanha em que as tradicionais sacolas plásticas não são mais distribuídas na hora da compra em supermercados de Presidente Prudente, a maioria da população ouvida pelo Portal está aprovando a iniciativa. A meta é retirar de circulação mais de 12 milhões de sacolinhas por mês.

A campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”, é promovida pela Associação Paulista dos Supermercados (Apas). Prudente conta com aproximadamente 80 estabelecimentos, entre hipermercados, supermercados e mercados. Segundo a entidade, até o momento, cerca de 85% dos estabelecimentos aderiram à campanha. A medida não tem força de lei, participa quem quer.

Margarete de Oliveira chegou de Portugal na semana passada. Ouvida pela reportagem, ela diz ser totalmente a favor da medida e cita o país europeu como exemplo. "Acho bom porque muita gente não sabe usar e depois dar fim para elas [sacolas]. Eu tenho sacos biodegradáveis. Lá em Portugal, sacos grandes são utilizados na hora da compra. Todo mundo adotou a iniciativa nos últimos dois anos após várias enchentes", relata. Segundo Margarete, em Portugal, também existe a opção pela sacola biodegradável, com custo de 0,12 centavos de euro. 

Em Prudente, consumidores que não levarem embalagens poderão adquirir sacolinhas à base de amido de milho por R$ 0,19, algo que não agradou o eletricista Fábio Souza. "Não gostei. Tive que pagar R$ 0,40 em duas sacolinhas. Tinha que ser de graça e sacolas mais fortes", reclama.

Segundo a operadora de caixa de um supermercado localizado no Centro, Bruna Silva, alguns consumidores também não gostaram da ideia adotada pelos estabelecimentos. "Comprar, eles compram. Muitos reclamam falando que não tem necessidade de tirar as sacolinhas. Colocam a culpa no governo. Mas estão se conscientizando", fala.

De acordo com o representante comercial José Roberto Bueno, que estava de passagem pela cidade, revela que em Bauru, onde reside, os consumidores estão mais conscientes sobre o uso de sacolinhas plásticas. "Eu sou a favor desde o ano passado. Mas brasileiro é complicado, reclama muito. Em Bauru trabalharam muito sobre isso. Lá tem até caixas ecológicas", pontua.

Existem casos de consumidores que aprovam o uso de embalagens alternativas, mas não acreditam na eficácia da campanha, como é o caso da auxiliar geral, Arilda Silva Castro. "É legal, eu já uso sacolas maiores há cinco meses. Mas isso não vai resolver o problema", acredita.

Idec aponta falta de informação

Para a coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Lisa Gunn, em entrevista ao Jornal O Estado de S. Paulo, o consumidor não teve as informações necessárias para a mudança. “É louvável que a Apas tenha tomado a iniciativa, mas o Idec entende que não ocorreu o devido processo de conscientização e informação necessário para que o consumidor cumpra sua parte”, opina.

“O consumidor está cheio de dúvidas. Desde as mais simples, como se deve ou não embalar detergente junto com comida, até questionamentos sobre o valor das sacolas biodegradáveis, que serão fornecidas a R$ 0,19. De onde vem esse valor? Quanto custava a outra sacola, cujo valor estava embutido nos produtos? Esse valor de R$ 0,19 vai subsidiar a compra das sacolas reutilizáveis? Nada disso foi explicado”, afirma ela.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares