Levantamento da Secretaria da Saúde contabiliza dados dos últimos quatro anos
Nos últimos quatro anos, 38 pessoas morreram em decorrência de descargas elétricas na região de Presidente Prudente. O levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo foi divulgado nesta quinta-feira (29).
No Estado, praticamente a cada dois dias, em média, uma pessoa morre eletrocutada. De acordo com o estudo, 94% das vítimas são homens, maioria com idades entre 30 e 49 anos.
Em 2008, foram 19 óbitos na região. O número teve queda acentuada no ano seguinte, com três casos. Já em 2010, nove pessoas morreram após descargas elétricas. Em 2011, sete faleceram.
Conforme o estudo, os homens também lideram o ranking das internações provocadas por contato a corrente elétrica. Das 1.225 hospitalizações registradas em 2011 em todo o Estado, 77% eram
masculinas.
De acordo com o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, a realização das atividades laborais é a principal razão para que a maioria das vítimas seja masculina. “Os homens fazem serviços de obras ou reparos em domicílio, muito próximos à rede elétrica. Na grande maioria das vezes, infelizmente, sem equipamentos de proteção ou cuidados específicos para essa atividade”, explica Feriani.
Além disso, houve um crescimento de 91% dos casos de internação por conta à exposição à corrente elétrica nos últimos quatro anos. Em 2008, foram 642 registros de hospitalização. Em 2009 houve 1.004 internações e, em 2010, 1.031 hospitalizações.
Nestes últimos quatro anos, a região de Piracicaba é a que mais acumulou casos de internações (2.584), seguida da Grande São Paulo (762) e de Sorocaba (105).
Segundo Feriani, em muitos casos, a pior lesão não é a que está visível, uma vez que a corrente elétrica passa pelos tecidos com menor resistência, causando maior impacto nos músculos, nervos e vasos.
“A vítima pode ter arritmia cardíaca grave causada pelo choque, destruição muscular grave, queimaduras de pele nas áreas de entrada e de saída da corrente elétrica pelo corpo e, tardiamente, insuficiência renal aguda e até morte”, afirma Feriani.
fonte: portalprudentino.com.br
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